O ínsulo

sexta-feira, agosto 17, 2012

domingo, setembro 11, 2011

Acordo ortográfico: um post-scriptum de Vasco Graça Moura

É o post-scriptum à sua crónica semanal “O banco falimentar”, no DN de 7/Set./2011, p. 54, que, com a devida vénia, aqui se transcreve:
“Post-Scriptum: Na sua entrevista à 'Única' do Expresso de 3 de Setembro, o ministro da Educação escamoteia deploravelmente a questão do Acordo Ortográfico, dizendo que este ‘é um facto’. Não é. Os factos são os seguintes: o Acordo Ortográfico não está em vigor. Angola e Moçambique não o ratificaram. Não existe o vocabulário comum que o AO exige como condição prévia. O ministro não estudou o problema, nem no aspecto jurídico nem no científico. Não leu a documentação existente. Não sabe quanto custa ao país a precipitação criminosa em aplicar um instrumento inaplicável e calamitoso. O facto é que Nuno Crato infelizmente não sabe do que fala. Se as reformas que ele prepara para o ensino forem tão levianamente abordadas como esta, então a Educação em Portugal não irá muito longe. Custa ver uma personalidade da sua envergadura intelectual e da sua intransigente seriedade ceder assim à lei do menor esforço.”
Deixem-me só acrescentar: a Língua Portuguesa e os seus falantes estão-lhe muito gratos, Vasco Graça Moura!

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quinta-feira, junho 02, 2011

Adenda ao Manifesto

5. “O Arco do Governo" – O arco da velha

(Arco - segmento de curva,
especialmente de uma circunferência.
Arco – segmento de círculo
círculo que pode ser vicioso.)

Três arcos encostados
podem resultar num só arco
que é o somatório dos três.
Se algum deles ou os três
for segmento de círculo vicioso
também os arcos não estarão livres do vício.

“O arco do governo”
o arco que nos tem arcado
e quer outra vez arcar
mas não quer arcar com
a responsabilidade e a culpa
do País arcado
do País tramado.

Fomos arcados pelo arco troicado
pela troika mandado
E assim o arco e nós arcados
somos vexados
pela Merkel e seus apaniguados!

Meu Povo arcado
e assim vexado,
se queres voltar a ser arcado
vota outra vez no arco
no “arco do governo”
no arco vicioso do círculo
arco, inteiro ou partido
em três pedaços:
cada um, já por si, é arco,
ou seja, um pedaço de círculo
mas os três são o treno*,
Mãos nos ombros agarrados
cantando e dançando
querem dar a volta ao círculo todo
querem dar-nos a volta ao miolo!

Já viram vocês!
Trinta e cinco anos e meio
em “arco do governo”!
Ora um arco ora o outro arco
Mais o outro arquinho,
Tiraram o País do círculo
levaram o País ao descalabro!

E vocês, meu Povo,
Vocês vão nisso?!
Querem votar neles outra vez?!
No arco?!
No(s) arco(s)?!
Na arcada?!
Na arcaria?!
Tem cuidado, meu Povo!
Não te deixes apanhar pelo arco!|
Não!

Ou então
só assim:
pega no sextante que é o teu voto
e decididamente muda-o
para a esquerda pois então!

_________

* Treno: canto lamentoso, entrecortado de suspiros, lamentação.

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quarta-feira, junho 01, 2011

Adenda ao Manifesto

4. A imagem do despudor político

Deparei com ela na página 7 do DN de 30/Maio. Está lá a imagem do despudor político: Portas, de camisa às riscas bem vermelhas (nem sequer róseas), bem da cor do cravo vermelho que ostenta na mão, para dizer, em comício, que o CDS é mais “social” do que não sei qual, talvez, quem sabe, do que os partidos de esquerda!...Com esta página à frente de nós, estamos diante, não digo já do cúmulo da demagogia, porque é mais do que isso: é o cumulo, sim, da desvergonha! Haverá alguém, indeciso entre a CDU e o CDS?! Então, que veja bem! Quem ostenta na mão o genuíno cravo vermelho do 25 de Abril?!... Vejam vocês bem aonde pode chegar a ânsia do poder! Então, já não há um mínimo de decência?! Ou crê-se que as pessoas são parvas e acreditam no “cravo”? “Naquele cravo”?!...

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domingo, maio 15, 2011

Adenda ao Manifesto

3. As duas tróicas da nossa desgraça

Tróica - (Do russo pelo francês): s. f. Grande trenó puxado por três cavalos. Com este sentido, tem correspondente no latim – triga: carro puxado por três cavalos (quadriga, por quatro…). A palavra evoluiu semanticamente, para significar, universalmente, conjunto de três pessoas, organismos, países, etc. que se juntam para governar ou decidir qualquer coisa (Cf. dicionários).

Na conjuntura, desgraçada, em que o nosso País se encontra, tornaram-se, já, famosas as tais duas tróicas que, ambas, nos estão “tratando da saúde”: A tróica que “dictat” – FMI / BCE / EU – e a tróica fantoche (que se submete de mão beijada ao “dictado”) – PS / PSD / CDS. A esta última, toda a comunicação social atribui a denominação, tipo calão generalizado, ”arco do governo”. Mas o que devia era ter acrescentado aqueloutra tróica de adjectivos: “arco do governo, sim, atento, venerador e obrigado! Repete-se o que já foi dito: os três partidos têm sido, desde o famigerado 25 de Novembro, os partidos responsáveis por esta caminhada de Portugal para este abismo em que nos encontramos.

São, pois, as duas tróicas – a que impõe e a que nos quer transmitir a imposição, a que manda e a que – atenta, veneradora e obrigada! – faz questão de querer gerir a desgraça que assinou, pedindo ao povo o voto .

E vocês, Portugueses meus irmãos, querem continuar a ser governados por esse tal “arco do governo”, ou, se o arco se partir, por um ou dois pedaços dele?!

Em tempo, uma explicação da primeira adenda. É claro que o elogio não é propriamente ao Portas. É à inteligência do Portas: E, já se sabe, quanto mais inteligente é o demagogo, mais a sua demagogia, iludindo os eleitores, quiçá mentindo, estragará a nossa vida, se lhe derem o voto para governar, como já nos desgovernou! Por exemplo, comprando, por não sei quantos milhões, 2 brinquedos para brincar debaixo das ondas!...

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quinta-feira, maio 12, 2011

Adenda ao Manifesto

2. A Crónica do Bastos

Se há crónica para mim imperdível – deixem passar o bárbaro neologismo, com o que, pelos vistos, até até está de acordo o computador, que costuma ser muito ignorante em questões de gramática… – mas dizia eu, se há crónica que eu não perco, nunca, é à quarta-feira no DN a crónica de Baptista-Bastos. É a ‘minha’ crónica semanal (que pena não ser diária!). Sempre na página contrária ao Editorial, à direita em cima. O cronista mais lúcido do DN (com o meu respeito a todos os outros). O mais clarividente. O mais frontal. O mais isento. O mais analítico. O mais lógico.

A de hoje – 11/5/2911 - (se a postagem não sair hoje, a de ontem): “Estado mínimo, democracia declinante”. Com a devida vénia (a ele) e a licença (vossa): “Creio que já ninguém duvida das características ideológicas contidas no projecto de Pedro Passos Coelho. Não tem nada a ver com o ideário social-democrata: baseiam-se no breviário mais extremo do ultraneoliberalismo” […] “O que o programa do PSD propõe é que o governo não é a solução mas sim o problema.” […] “Admitindo que José Sócrates é, como se diz por aí, “um incompetente criminoso”, Pedro Passos Coelho seria o “idiota útil” à execução de uma política de expansão do capitalismo predador e de limitação perversa do Estado” […] “As perspectivas que se abrem aos nossos horizontes visíveis são assustadoras”.

segunda-feira, abril 18, 2011

MANIFESTO POLÍTICO
DO MEU BLOGUE

1. 25 de ABRIL - REVOLUÇÃO DOS CRAVOS. A Revolução do 25 de Abril, dos Capitães de Abril, com cravos nos canos das espingardas durou tão-só um ano e meio.

2. 25 de NOVEMBRO – CONTRA-REVOLUÇÃO. No 25 de Novembro, chegou a Contra-Revolução, comandada por um general promovido, ao qual aderiram os capitães de Abril, traindo-se a si próprios.

3. Há 35,5 anos – vai fazê-los no próximo Abril, que a Contra-Revolução tem empurrado o País para o Abismo em que ele se encontra, em que nos encontramos.

4. E todos os (ir)responsáveis dirigentes do País, ao mais alto nível – Presidentes e Governantes da República - tudo o que fizeram ou deixaram de fazer foi conduzir a Pátria em direcção à falência, em direcção ao Abismo. Vejamos.

5. Presidentes: Eanes, Soares, Sampaio, Cavaco, que fizeram eles? Nem vetaram nem vedaram o caminho: assentiram, tendo como primeira preocupação gerir a sua própria carreira. (Não gastamos mais linhas com eles, porque temos de falar dos governantes).

6. Governantes: Soares, Cavaco, Balsemão, Guterres, Barroso, (Santana), Sócrates. Estes, os principais fautores da nossa Desgraça, que desgovernaram o País de modo que, 35,5 anos passados, estamos Aqui, como todos sabemos, como todos sentimos.

Soares. Meteu o Socialismo na gaveta e nunca mais de lá foi tirado por alguém: ainda lá está, fechado a sete chaves

Cavaco. Com generosos subsídios da Europa, destruiu a nossa Agricultura, pagando aos agricultores para semearem, sim senhor, mas não colherem; do mesmo modo destruiu as Pescas, subsidiando a Frota e os pescadores, para pescarem, sim senhor, o que fosse possível, mas não venderem nas lotas, onde se comprava peixe mas da Espanha; deu início à destruição da produção, mesmo de áreas produtivas que competiam com as melhores do género: sapatos, têxteis, e até o vinho.

Guterres. Fez do País um país de tanga, fez de Portugal um pântano e fugiu para ocupar o alto cargo que os compadres da ONU lhe garantiram, onde ainda se encontra.
Barroso. Herdando o pântano de Guterres, fez do País um pantanal e fugiu para o alto cargo que os compadres da Europa lhe deram de mão beijada.

(Santana. Foi um parêntese).

Sócrates. Em dois mandatos acabou a obra: o que está à vista de todos: mais que pântano, mais que pantanal: é o Abismo!

7. A EUROPA. A Europa, está à vista, foi a nossa Desgraça! Foi a desgraça dos países periféricos. E será a nossa Desgraça definitiva, se nós próprios não tomarmos as rédeas do cavalo.

8. Sim, meu querido Povo! Porque está nas nossas mãos, no nosso voto! Vejamos bem. Vai haver eleições. E tu, meu querido Povo, estás mesmo disposto a votar (outra vez?!...) nos dois partidos chamados da alternância – PS e PSD (com o CDS em apêndice, de submarino), agora eu agora tu, agora tu agora eu agora nós – o neologístico arco do governo, tão manipulatoriamente querido da comunicação social – que nos trouxeram a esta Desgraça?!

9. Olha bem para mim, meu Povo, meu querido Povo!
E se experimentássemos outros partidos, partidos novos no Governo, um Governo Patriótico e de Esquerda, como eles dizem. Quem sabe se não é mesmo como eles dizem? Sim, porque para pior, já basta assim! Quem nos meteu na Desgraça, não é capaz de fazer outra coisa que não seja aumentar Desgraça! Não é mesmo! Outra vez eles?!
Meu querido Povo, vamos experimentar! Olha bem para as minhas contas! Se dermos 27% dos votos à CDU e 25% ao Bloco, teremos 52% para um Governo Patriótico e de Esquerda. Experimenta, meu Povo, já que pior nunca poderá ser.
Experimentemos, então, meu Povo!

10. O exemplo do Brasil. Olhem para o Brasil. Lula, um operário, sindicalista, líder do Partido Trabalhista (dos Trabalhadores, pois), tomou as rédeas do Poder, lá. E, só em dois mandatos, tirou do limiar da pobreza, da miséria, trinta milhões dos quase duzentos milhões de brasileiros. E agora a sua sucessora Dilma vai decerto tirar pelo menos outros trinta milhões.
O doutores de Coimbra puseram-lhe o ridículo capelo dalmático na cabeça, para ver se engraxavam Lula e Dilma, para lhes pedinchar (há muitas maneiras de pedinchar…) auxílio e ajuda nesta nossa Desgraça! Mas o Lula, o melhor presidente do Brasil em toda a História do Brasil, de capelo ridículo na cabeça, disse (eu ouvi) que não deixássemos entrar cá o FMI como eles não deixaram… e acharam-se bem! E, fora do discurso oficial, da praxe, disse mais. Disse que tinha uma duvidosa quarta classe e (subentendemos nós) quereria ele dizer aos doutores que a sabedoria dele não tinha nada a ver com a universidade: aprendeu-a na vida, na acção política, no sindicalismo, na luta pelo bem do Povo. E como ele é sábio!

11. ÚLTIMO APELO. Vamos procurar na Esquerda, meu Povo, algum Lula que haja por aí (e parece que há!) e vamos pô-lo a governar o País a sério (‘a sério’ quer dizer ‘a bem do Povo). Já chega de Brincadeira mandada! Porque, em democracia, o Povo não é mandatário: o Povo é mandante! Já chega de subserviência à Finança da Europa e do Mundo!

12.
27% + 25% é quanto basta, meu querido Povo! Anda! Avança! Experimenta só!. Pior não poderá ser: estamos no fundo dos fundos a que nos levaram os governantes mandados da Contra-Revolução!... Só poderá ser melhor. Experimenta, pois, meu Povo!

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